domingo, 5 de fevereiro de 2012

Heitor Vila - Lobos - Um Maestro do Brasil

Heitor Villa-Lobos Nasceu no Rio de Janeiro em 5 de março de 1887 – Faleceu 17 de novembro de 1959 aos 72 anos Um dos maiores maestro e compositor brasileiro. Destaca-se por ter sido o principal responsável pela descoberta de uma linguagem peculiarmente brasileira em música, sendo considerado o maior expoente da música do modernismo no Brasil, compondo obras que enaltecem o espírito nacionalista onde incorpora elementos das canções folclóricas, populares e indígenas.
Filho de Noêmia Monteiro Villa-Lobos e Raul Villa-Lobos, foi desde cedo incentivado aos estudos, pois sua mãe queria vê-lo médico. No entanto, Raul Villa-Lobos, pai do compositor, funcionário da Biblioteca Nacional e músico amador, deu-lhe instrução musical e adaptou uma viola para que o pequeno Heitor iniciasse seus estudos de violoncelo.Aos 12 anos, órfão de pai, Villa-Lobos passou a tocar violoncelo em teatros, cafés e bailes; paralelamente, interessou-se pela intensa musicalidade dos "chorões", representantes da melhor música popular do Rio de Janeiro, e, neste contexto, desenvolveu-se também no violão. De temperamento inquieto, empreendeu desde cedo escapadas pelo interior do Brasil, primeiras etapas de um processo de absorção de todo o universo musical brasileiro.[4] Em 1913 Villa-Lobos casou-se com a pianista Lucília Guimarães, indo viver no Rio de Janeiro.
Em 1922 Villa-Lobos participa da Semana da Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo. No ano seguinte embarca para Europa, regressando ao Brasil em 1924. Viaja novamente para a Europa em 1927, financiado pelo milionário carioca Carlos Guinle. Desta segunda viagem retorna em 1930, quando realiza turnê por sessenta e seis cidades. Realiza também nesse ano a " Cruzada do Canto Orfeônico" no Rio de Janeiro. Seu casamento com Lucília termina na década de 1930. Depois de operar-se de câncer em 1948, casa-se com Arminda Neves d'Almeida a Mindinha, uma ex-aluna, que depois de sua morte se encarrega da divulgação de uma obra monumental. Em 1960, o governo do Brasil criou o Museu Villa-Lobos na cidade do Rio de Janeiro.
 Semana de Arte Moderna Villa-Lobos participou da Semana de Arte Moderna de 1922 apresentando-se em três dias com três diferentes espetáculos: dia 13 dia 15 dia 17 Segunda Sonata O Ginete do Pierrozinho Terceiro Trio Segundo Trio Festim Pagão Historietas: Lune de Octobre; Voilà la Vie; Je Vis Sans Retard, Car vite s'écoule la vie Valsa mística (simples coletânea) Solidão Segunda Sonata Rondante (simples coletânea) Cascavel Camponesa cantadeira (suíte floral) A Fiandeira Terceiro Quarteto Num Berço Encantado (simples coletânea) Danças Africanas Dança Infernal e Quatuor (com coro feminino) Embora tenha sido um dos mais importantes nomes da música a apresentar-se na Semana de Arte Moderna, Villa-Lobos não foi o único compositor a ser interpretado, também foram interpretadas obras de Debussy, por Guiomar Novaes, de Eric Satie, por Ernani Braga, que interpretou também "A Fiandeira", de Villa-Lobos. O Teatro Municipal de São Paulo foi o primeiro palco "erudito" a receber as obras de Villa-Lobos.  Nas Danças características africanas (1914), entretanto, começou a repudiar os moldes europeus e a descobrir uma linguagem própria, que viria a se firmar nos bailados Amazonas e Uirapuru (1917). O compositor chega à década de 1920 perfeitamente senhor de seus recursos artísticos, revelados em obras como a Prole do Bebê João,pois seu filho João gostava muito do cruzeiro e ouvia muita prole que logo após pediu uma bicicleta ao seu pai, villa lobos irado disse: Não! pois você ja tem um ventilador colorido e depois disso joão nunca mais comeu feijão (Prole do Bebê João). Para piano, ou o Noneto (1923). Violentamente atacado pela crítica especializada da época, viajou para a Europa em 1923 com o apoio do mecenas Carlos Guinle e, em Paris, tomou contato com toda a vanguarda musical da época. Depois de uma segunda permanência na capital francesa (1927-1930), voltou ao Brasil a tempo de engajar-se nas novas realidades produzidas pela Revolução de 1930. Apoiado pelo Estado Novo, Villa-Lobos desenvolveu amplo projeto educacional, em que teve papel de destaque o Canto Orfeônico, e que resultou na compilação do Guia prático (temas populares harmonizados).[18] À audácia criativa dos anos 1920 (que produziram as Serestas, os Choros, os Estudos para violão e as Cirandas para piano) seguiu-se um período "neobarroco", cujo carro-chefe foi a série de nove Bachianas brasileiras (1930-1945), para diversas formações instrumentais.Em sua obra prolífera, o maestro combinou indiferentemente todos os estilos e todos os gêneros, introduzindo sem hesitação materiais musicais tipicamente brasileiros em formas tomadas de empréstimo à música erudita ocidental. Procedimento que o levou a aproximar, numa mesma obra, Johann Sebastian Bach e os instrumentos mais exóticos.
Principais composições Villa-Lobos da música "Os escravos de Job" para o "Guia Prático" em fevereiro de 1938. Música Orquestral * 12 sinfonias (1916–1957) * Uirapuru (1917) * Amazonas (1917) * Choros o n.º 06 (1926) o n.º 08 (1925) o n.º 09 (1929) o n.o 10 - Rasga o Coração o n.º 11 (1928) o n.º 12 (1929) * Bachianas brasileiras o n.º 01 (1930) para 12 Violoncellos o n.º 02 (1930) para orquestra o n.º 03 para piano e orquestra (1938) o n.º 04 (1936) para piano ou para orquestra o n.º 05 (1938-1945) para soprano e 8 violoncellos o n.º 06 (1938) para flauta e fagote o n.º 07 (1942) para orquestra o n.º 08 (1944) o n.º 09 (1945) para orquestra e choro * Erosão (1950) * Odisseia de uma Raça (1953) * Gênesis (1954) * Emperor Jones (1956) * Momoprecoce para piano e orquestra (1929) * 5 concertos para piano e orquestra (1945, 1948, 1957, 1954, 1954) * Martírio dos Insetos para violino e orquestra (1925) * 2 concertos para violoncelo e orquestra (1913, 1955) * Concerto para Violino e Orquestra (1951) * Concerto para Violão e pequena orquestra (1951) * Concerto para Harpa e Orquestra (1953) * Concerto para Harmônica e Orquestra (1953) * Ciranda das Sete Notas para fagote e orquestra (1953) * Fantasia para Violoncelo e Orquestra (1945) * Concerto grosso (1958) Piano * Danças Características Africanas (1914) * Prole do Bebê n.º 01 (1918) * Prole do Bebê n.º 02 (1921) * Lenda do Caboclo (1920) * Caixinha de Música Quebrada * Rudepoema (1926) * Choros n.º 05 (1926) * Cirandas (1929) * Saudades das Selvas Brasileiras (1927) * Valsa da dor (1930) * Ciclo Brasileiro (1936) * As Três Marias (1939) * Hommage a Chopin (1949) Música de câmara * 17 quartetos de cordas (1915–1957) * 3 trios para piano, violino e violoncelo * Sexteto Místico (1917) * Quarteto Simbólico (1921) * Trio para oboé, clarinete e fagote (1921) * Noneto (1923) * Quarteto de sopros (1928) * Quinteto em Forma de Choros (1928) * Bachianas n.º 01 para conjunto de violoncelos (1930) * Bachianas n.º 06 para flauta e fagote (1938) * Trio de cordas (1945) * Duo para violiono e viola (1946) * Assobio a Jato (1950) * Fantasia Concertante (1953) * Duo para oboé e fagote (1957) * Quinteto instrumental (1957) Violão * Choros n.º 01 (1924) * 12 Estudos (1924–1929) * 5 Prelúdios (1940) * Suite Popular Brasileira (5 peças) (1908-1912 e 1923) Música vocal * Canções típicas brasileiras (1919) * Guia Prático (1938) * Serestas (1925) * Bachianas n.º 05 (1938–1945) para soprano e 8 violoncellos * Floresta do Amazonas (1958) * Modinhas e canções (1933–1942) * Poema de Itabira (1942) Música Coral * Vida Pura, oratório (1919) * Descobrimento do Brasil, 4 suítes (1937) * Missa de São Sebastião (1937) * Bendita Sabedoria (1958) * Magnificat (1958) Música Dramática * Izaht, ópera (1912/1918) * Magdalena, opereta (1947) * Yerma, ópera (1956) * A Menina das Nuvens, ópera bufa (1958)
Estilo
É possível encontrar na obra de Villa-Lobos preferências por alguns recursos estilísticos: combinações inusitadas de instrumentos, arcadas bem puxadas nas cordas, uso de percussão popular e imitação do cantos de pássaros.[20] O maestro não defendeu nem se enquadrou em nenhum movimento, e continuou por muito tempo desconhecido do público no Brasil e atacado pelos críticos, dentre os quais Oscar Guanabarino. Também se encontra em sua obra uma forte presença de referências a temas do folclore brasileiro.
Reconhecimento
Não obstante as severas críticas, Villa-Lobos alcançou grande reconhecimento em nível nacional e internacional. Entre os títulos mais importantes que recebeu, está o de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Nova Iorque e o de fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Música.
O maestro foi retratado nos filmes Bachianas Brasileiras: Meu Nome É Villa-Lobos (1979),
O Mandarim (1995) e Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão (2000), além de aparecer pessoalmente no filme da Disney, Alô, Amigos (1940), ao lado do próprio Walt Disney. Em 1986, Heitor Villa-Lobos teve sua efígie impressa nas notas de quinhentos cruzados.
 Para ouvir


Um comentário: