segunda-feira, 14 de maio de 2012
Onde a luz está, a escuridão não está
O conflito no qual vivemos não é uma disputa entre o bem e o mal, entre o ego e o não-ego. A disputa está em nossa própria dualidade autogerada, entre nossos vários desejos autoprotetores. Não pode haver um conflito entre luz e escuridão; onde está a luz, a escuridão não está. Enquanto existir o medo, o conflito deve continuar embora esse medo possa se disfarçar sob diferentes nomes. E como o medo não pode se libertar através de nenhum meio, pois todos os seus esforços emanam de sua própria fonte, deve haver a cessação de todas as defesas intelectuais. Essa cessação chega espontaneamente quando a mente revela para si seu próprio processo. Isto acontece apenas quando há consciência integral, que não é resultado de disciplina, ou de um sistema moral ou econômico, ou de coação. Cada um tem que estar cônscio do processo da ignorância, as ilusões que a pessoa criou. O intelecto não pode guiá-lo para fora deste presente caos, confusão e sofrimento. A razão deve se esgotar, não por retirada, mas pela compreensão integral e amor da vida. Quando a razão não tem mais a capacidade de protegê-lo através de explicações, fugas, conclusões lógicas, então, quando há completa vulnerabilidade, total nudez de seu próprio ser, há a chama do amor. Só a verdade pode libertar cada um do sofrimento e confusão da ignorância. A verdade não é o fim da experiência, é a própria vida. Não é do amanhã, não está no tempo. Não é um resultado, uma aquisição, mas a cessação do medo, querer.
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